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A tributação de criptomoedas é um tema que sempre desperta polêmicas. Grande parte dos entusiastas são contra o pagamento de tributos sobre as operações envolvendo criptomoedas. Apesar do inconformismo, fato é que, no Brasil, a Receita Federal orienta os contribuintes a pagarem imposto de renda sobre o ganho de capital nas alienações de criptomoedas.

Embora não haja nenhuma legislação tributária que trate especificamente das criptomoedas, a Receita Federal já manifestou entendimento, através do Perguntão do IRPF, que os ganhos obtidos com a alienação de moedas virtuais cujo total alienado no mês seja superior a R$ 35.000,00 são tributados, a título de ganho de capital, segundo as alíquotas progressivas de 15% a 22,5%, e o recolhimento do imposto sobre a renda deve ser feito até o último dia útil do mês seguinte ao da transação.

Mas e quando há troca entre criptomoedas?

Ocorre que nem sempre as operações envolvendo criptomoedas ocorrem através da conversão em moeda fiduciária. Isso porque, pode ocorrer do usuário comprar uma criptomoeda com outra criptomoeda.

Recentemente, a Receita Federal editou a Solução de Consulta COSIT 214/2021, na qual entendeu que o ganho de capital apurado na alienação de criptomoedas, quando uma é diretamente utilizada na aquisição de outra, ainda que a criptomoeda de aquisição não seja convertida previamente em real ou outra moeda fiduciária, é tributado pelo imposto sobre a renda da pessoa física, sujeito a alíquotas progressivas, em conformidade com o disposto no art. 21 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995.

Desse modo, mesmo nas operações de permuta entre criptomoedas, é devido o imposto de renda sobre o ganho de capital auferido.

Fica ressalvada apenas a isenção sobre o ganho de capital auferido na alienação de criptomoedas quando o valor total das alienações em um mês, de todas as espécies de criptoativos ou moedas virtuais, independentemente de seu nome, seja igual ou inferior a R$ 35.000,00.

Conclusão

As equipes de Tributário e Digital do Chambarelli Advogados estão à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas sobre a tributação de criptomoedas.

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Constituir uma startup exige uma série de cuidados.

Com o objetivo de minimizar os riscos jurídicos da abertura e funcionamento de uma startup, elaboramos uma Checklist com alguns pontos de cuidado que precisam ser observados pelos fundadores.

Societário

  • Qual é o tipo societário da startup?
  • Existe um Acordo de Sócios?
  • Qual a participação de cada sócio?
  • Quais são os direitos e obrigações de cada sócio?
  • Como os sócios são remunerados?

Tributação

  • Qual o regime tributário mais adequado?
  • Quais são os tributos incidentes e as obrigações tributárias acessórias?
  • A startup pode se valer de algum benefício fiscal?

Investidores

  • Qual é a forma de investimento?
  • Quais são os direitos e obrigações do investidor?
  • Qual o prazo pactuado para o investimento?

Trabalhista

  • Como é feita a contratação dos colaboradores?
  • Como é feita a remuneração dos colaboradores?
  • Os colaboradores estão formalizados?
  • Quais são as obrigações trabalhistas aplicáveis?
  • A startup possui incentivos para retenção de talentos?

Proteção de Dados

  • Os dados já foram mapeados?
  • A startup possui Política de Privacidade?
  • Como é feita a contratação do cliente?

Consumidores

  • Os contratos com os clientes estão adequados?
  • Quais obrigações legais que a startup está obrigada?
  • A startup possui Termos de Uso da plataforma?

Propriedade Intelectual

  • A marca está registrada no INPI?
  • Existe patente registrada no INPI?

Regulação

  • A atividade da startup está sujeita a algum órgão ou agência reguladora?
  • Quais são as normas regulatórias aplicáveis?

Concorrencial

  • Existe acordo de Non Compete entre os sócios e o time?
  • A startup se protege em relação a compartilhamento de informações para concorrentes?
  • As práticas estão com a legislação concorrencial?

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O registro da marca é um dos principais itens da nossa Checklist Jurídica para Startups, mas nem sempre isso é feito pelo empreendedor. Em muitas situações, principalmente na fase inicial da empresa, o registro da marca é um assunto que acaba sendo deixado de lado. No entanto, é um item importantíssimo e não pode ser deixado de lado.

Imagina você rodar e validar seu MVP, sua empresa ficar conhecida no mercado, mas outra pessoa registrar o nome antes? Pois é…

Por isso, separamos alguns benefícios do registro da marca:

1️⃣ Garante o uso exclusivo – Ao registrar sua marca, você garante que nenhum outro negócio, no mesmo setor de atuação, poderá utilizá-la

2️⃣ Permite licenciar o uso da marca – O licenciamento de marca funciona como uma autorização temporária de exploração comercial, dada pelo proprietário do registro (no caso, o licenciador) a outra empresa (o licenciado).

3️⃣ É um diferencial competitivo no mercado – Somente marcas registradas no INPI deveriam utilizar o símbolo de marca registrada (®️). Pode parecer óbvio, porém, muitas empresas desconhecem o fato e utilizam o ®️, o que não é aconselhável.

Destacamos também que as custas oficiais para pedido de registro de marca no INPI e que existem benefícios especiais para micro e pequenas empresas e para pessoas físicas.

Vale dizer que o registro de marca difere do registro do nome fantasia na Junta Comercial, um ponto que costuma gerar confusão. Entenda agora os principais benefícios de ter sua marca registrada.

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A tributação das startups é um assunto de grande importância para a dinâmica do ecossistema de inovação. O Sistema Tributário Brasileiro é conhecidamente um dos mais complexos do mundo, o que dificulta o desenvolvimento do ambiente de negócios – daí que surge a importância de entender os aspectos tributários envolvendo as startups.

Diante do crescimento dos negócios inovadores e da tecnologia dos últimos anos, junto com o surgimento das startups veio também a demanda por um atendimento jurídico e tributário para essas empresas.

Com o propósito de contribuir para o crescimento das startups, preparamos um conteúdo sobre os principais assuntos que todo empreendedor deve saber em matéria de tributação de startups.

Regimes Tributários

O primeiro passo antes de iniciar uma startup é a escolha do regime tributário. Se bem escolhido, pode gerar uma boa economia fiscal e aumentar a margem de lucro da empresa. Por outro lado, se negligenciado, a empresa pode se ver pagando mais tributos do que poderia.

O empreendedor deve levar em consideração uma série de fatores ao realizar a opção pelo regime tributário, como a atividade da empresa, o faturamento, as despesas, a folha de pagamento, os contratos vigentes e a faturar, dentre outros.

As empresas podem optar por três Regimes Tributários diferentes: o Simples Nacional, o Lucro Presumido e o Lucro Real. É bem verdade que existe também o Lucro Arbitrado, mas por este ser aplicável em situações excepcionais, para fins didáticos optamos por não abordar.

Simples Nacional

O regime mais comum é o do Simples Nacional, um regime tributário simplificado e favorecido específico para os pequenos negócios, que permite o recolhimento dos tributos federais, estaduais e municipais em uma única guia (“DAS”), cuja alíquota varia conforme a atividade e o faturamento da empresa.

O Simples Nacional é aplicável para micro e pequenas empresas, cuja receita bruta no ano não seja superior a R$ 4,8 milhões. Mesmo dentro desse limite, caso a receita bruta seja superior a R$ 3,6 milhões, o ICMS e o ISS devem ser pagos por fora do Simples.

Em resumo, o Simples Nacional é divido em 5 Anexos, divididos conforme a atividade da empresa, sendo que cada Anexo possui sua tabela de alíquotas, progressivas e escalonadas de acordo com o faturamento.

  • O Anexo I é aplicável para as empresas que realizam atividades de comércios, com a tabela de alíquotas divididas em 6 faixas que variam de 4% até 19%, com possibilidade de dedução conforme a progressão entre as faixas;
  • As indústrias se enquadram no Anexo II, cuja tabela possui 6 faixas de alíquotas entre 4,5% até 30%, também com possibilidade de dedução de acordo com a progressão de faixa;
  • O Anexo III do Simples Nacional é para empresas de locações de bens móveis, serviços de instalação, de reparos e de manutenção, agência de viagem, escritórios de contabilidade, com sua tabela de alíquotas que possui de 6 faixas de 6% até 33%, com aplicação de deduções em cada progressão de faixa;
  • Para empresas de serviços em geral, como vigilância e serviços advocatícios, aplica-se o Anexo IV, com 6 faixas de alíquotas que variam de 4,5% até 33%, também com deduções de acordo com a progressão entre as faixas;
  • Já o Anexo V é para empresas de serviços de academias, empresas de tecnologia, de eventos, clínicas de exames médicos, com aplicação da tabela com 6 faixas de alíquotas entre 15,5% até 30,5%, que, assim como em todos os Anexos, também se aplica dedução conforme a progressão de faixa.

Por fim, vale destacar que não podem optar pelo Simples as empresas que, dentre outras possibilidades, se enquadrem nas seguintes hipóteses: (i) ter outra pessoa jurídica como sócia; (ii) ser sócia de outra empresa; (iii) ter como sócio pessoa física que é sócia de outra empresa optante pelo Simples cuja receita global ultrapasse o limite do Simples; (iv) ter como sócio pessoa física que é sócia de mais de 10% de outra empresa não optante cuja receita global ultrapasse o limite do Simples; (v) sociedades anônimas.

Lucro Presumido

Outro regime muito escolhido é o do lucro presumido, no qual a base de cálculo do Imposto de Renda e da CSLL é apurada mediante aplicação de um percentual do faturamento, ou seja, uma presunção de lucro que varia conforme a atividade da empresa.

Para as empresas prestadoras de serviços, essa margem de presunção é de 32% sobre o faturamento, tanto para o Imposto de Renda como para a CSLL.

Já os comerciantes estão sujeitos à margem de presunção de 8% para o IRPJ e de 12% para a CSLL.

No Lucro Presumido, não será relevante apurar as despesas dedutíveis, pois a base de cálculo será a margem de presunção, mediante aplicação de um dos percentuais acima sobre o faturamento. Por esse motivo, mesmo a empresa operando em prejuízo, se ela tiver faturamento, deverá recolher IRPJ e CSLL de qualquer forma, o que demonstra importância do planejamento na escolha do regime tributário.

Existem diversas discussões acerca dos valores que devem ser incluídos na base de cálculo do IRPJ e da CSLL no Lucro Presumido. Algumas decisões judiciais já permitem a exclusão de tributos como ICMS e ISS da base de cálculo do Lucro Presumido, uma vez que não se enquadram no conceito de faturamento.

Lucro Real

Muito se fala que o regime do Lucro Real é apenas para grandes empresas, mas esse é um mito que precisa ser derrubado. Diversas empresas menores que operam com uma margem de lucratividade bem apertada optam pelo Lucro Real, tendo em vista que o Lucro Presumido seria muito mais oneroso para elas. No exemplo clássico das startups e das empresas de tecnologia que operam com prejuízo no início de suas atividades, o Lucro Real pode ser uma boa opção.

Em geral, os regimes tributários são opcionais para o contribuinte, mas o Lucro Real é obrigatório para algumas empresas, dentre as quais destacamos as seguintes:

(i) empresas cuja receita no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$ 78.000.000,00 ou proporcional ao número de meses de atividade;

(ii) bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, agências de fomento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, sociedades de crédito ao microempreendedor e à empresa de pequeno porte, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades abertas de previdência complementar;

(iii) empresas que tiveram lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

(iv) que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultante de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring);

(v) que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio.

Os optantes ou obrigados ao Lucro Real devem contabilizar suas receitas tributáveis, em contrapartida com as despesas dedutíveis para se apurar a base de cálculo do IRPJ e da CSLL. São consideradas dedutíveis as despesas necessárias à atividade da empresa e à manutenção da respectiva fonte produtora.

Como vimos acima, a sistemática de cálculo do Lucro Presumido funciona como uma ficção legal do lucro, ao passo que o Lucro Real muito se aproxima do lucro contábil efetivo. Desse modo, o Lucro Real será mais vantajoso quando a margem de lucro efetivo for inferior à margem de presunção aplicável à atividade da empresa.

Tributação de Startups: Demais tributos

Além dos regimes tributários, há diversos outros pontos para serem abordados em relação à tributação das startups.

Caso você tenha interesse em entender mais para a tributação das startups, baixe o nosso e-book “Gestão Tributária para Empreendedores”, clicando no botão abaixo.

Baixar o E-book “Gestão Tributária para Empreendedores”

Dividimos o e-book em quatro partes. Na primeira, falamos sobre a escolha do Regime Tributário. No segundo capítulo, vamos entender os principais tributos incidentes sobre a receita e como a escolha do Regime Tributário irá impactar nisso. Em seguida, abordamos a tributação sobre o consumo. Na quarta parte do e-book, tratamos da tributação sobre a folha de pagamento.

Para os demais assuntos, você pode acompanhar nossos conteúdos aqui no site.

Conclusão

Nós, do Chambarelli Advogados, atuamos na assessoria tributária de startups, seja para empreendedores, seja para investidores. Entendemos que nosso papel é conhecer o negócio da empresa, bem como estar próximo ao empreendedor ou do investidor.

Por isso, ajudamos startups e empresas inovadoras em temas de Direito Tributário como: regimes tributários, tributação dos investimentos em startups, tributação de operações societárias (i.e. fusões e aquisições), due diligence e auditoria fiscal, planejamento tributário, incentivos fiscais para a inovação, dentre outros.

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Designado a prevenir quaisquer conflitos de interesses decorrente da relação entre os agentes e a empresa, o Acordo de Sócios (para Limitadas) ou Acionistas (para S.A’s), se caracteriza como um contrato que tem por finalidade estabelecer a ordem entre os associados, no que diz respeito aos direitos, as obrigações e aos compromissos das partes, que serão responsáveis por reger a sociedade.

Sabe-se que os sócios de uma empresa na maioria das vezes são familiares ou amigos que decidiram empreender ou até mesmo conhecidos do mesmo ramo que pensaram um unir as ideias de cada um no mesmo projeto.

Através desse fenômeno, surge então a maior causa de crise nas empresas no país, como diz a pesquisa feita pela Fundação Dom Cabral, em que é afirmado que o principal motivo de falência nas empresas está relacionado a questões de desentendimento entre os sócios.

Dito isso, é muito comum que exista o descumprimento dos acordos firmados por alguma das partes, gerando então, desavenças e posterior morte da organização.

Para impedir essa situação, é de extrema importância que o Acordo de Sócios tenha suas regras bem definidas e elaboradas, tendo que levar em conta alguns pontos impreteríveis na sua preparação. Citamos abaixo alguns dos pontos que precisam ser estabelecidos, mas sem a pretensão de esgotar o tema. Vejamos:

  • As obrigações e responsabilidades inerentes a cada um dos sócios na sociedade;
  • A forma pela qual serão feitas as reuniões/assembleias, inclusive a convocação e suas consequências no caso de ausentes;
  • Definições quanto a decisões que deverão ser tomadas para questões mais simples e comuns do dia a dia da empresa, por exemplo, quem custeará viagens do sócio que viaja para realizar negócios, por quanto tempo e em quais condições esses pagamentos ocorrem;
  • Como se dará a contratação de eventuais serviços “terceirizados” em que o contratado seja um dos sócios;
  • A transação das quotas/ações, podendo ser incluídas cláusulas de Tag/Drag Along, Shotgun, Liquidation Preference e outras avenças;
  • Como serão feitos a distribuição de lucros e o reinvestimento de valores na sociedade empresária.

Daí espera-se que o contrato seja respeitado, assim como expressa a legislação brasileira ao dizer que o contrato é lei entre as partes e seu descumprimento poderá acarretar alguma punição.

Portanto, o Acordo de Sócios é de suma valia e sua elaboração correta é essencial para se resguardar e evitar possíveis transtornos e desentendimentos na sociedade, devendo ser formalizado aquilo que será visto como regra no mundo empresarial, para selar o bom relacionamento entre as partes, visando o melhor para a empresa e bem entre as partes de modo parcial.

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Compliance é um termo que deriva do verbo em inglês “to comply”, que tem por objetivo remeter a ideia de cumprimento ou execução de algo. É muito comum que o compliance seja utilizado na gestão de tarefas de empresas, envolvendo desde as obrigações trabalhistas dos empregados, até as responsabilidades e obrigações fiscais e regulatórias da companhia.

Quando se fala em compliance, muitos se lembram dos Programa de Prevenção à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro, Políticas de Conheça o seu Cliente (KYC), ou até mesmo medidas antiterrorismo. No entanto, para além da prevenção de crimes como esses, as empresas precisam se preocupar também as práticas comerciais e a rotina interna, que pode impactar em alguns prejuízos se negligenciadas.

Desse modo, o compliance no Direito Empresarial é de suma importância para as empresas. Separamos abaixo uma breve checklist, não exaustiva, com os principais pontos que precisam ser observados no compliance em matéria de Direito Empresarial:

Revisão de Contratos com Clientes e Fornecedores: Levando em conta que a empresa pode ser responsabilizada ou exposta publicamente pelas ações de terceiros, sejam eles clientes ou fornecedores, toda relação jurídica com esses terceiros precisa ser muito bem cuidada, com cláusulas claras e bem definidas. Os clientes e os fornecedores também precisam estar alinhados com as políticas da empresa, bem como com os princípios morais e as normas legais.

Proteção de Dados Pessoais: Em tempos de LGPD, é fundamental proteger dados pessoais e garantir os direitos individuais. Portanto, a Política de Privacidade é um documento indispensável para o programa de compliance, que precisa ser muito bem elaborada e, obviamente, cumprida por todos na empresa.

Relacionamento com o Consumidor: A forma como a empresa cuida dos seus clientes também é um fator chave na efetividade do programa de compliance. De nada adianta possuir um contrato muito bem elaborado se a experiência do cliente for péssima, tendo em vista que isso pode atrair processos judiciais e causar danos à marca.

Relacionamento com Colaboradores: O bom exemplo começa em casa. Por isso, o relacionamento com os colaboradores é a base para a efetividade dos programas de compliance e integridade. Promover a diversidade de pessoas e ideias e combater qualquer tipo de assédio ou discriminação são algumas das medidas que precisam ser implementadas, acompanhadas evidentemente do estrito cumprimento da legislação trabalhista.

Obrigações Tributárias: É preciso também observar a legislação tributária, com o cumprimento das obrigações principais e acessórias, evitando a declaração de informações falsas ou omissão de informações ao Fisco, que pode ensejar o pagamento de altíssimas multas ou até mesmo a prática de crime de sonegação fiscal.

Impacto na Comunidade: Em tempos de ESG, as empresas precisam se preocupar com o impacto de sua atividade na comunidade, seja no aspecto social ou ambiental, de modo a promover ações que mitiguem os danos causados por sua atividade, ou mesmo para as empresas cuja atividade não representem tanto risco, que promovam ações para promover o bem-estar da sociedade.

Deste modo, entende-se o compliance como um setor de extrema importância nas empresas, por ser responsável em promover o antes, durante e o depois dos processos empresariais, precavendo a empresa de possíveis perdas, ações judiciais e riscos.

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O trabalho do advogado para startups é de grande importância no cenário empresarial atual. As startups são, em geral, empresas nascentes, inovadoras e com grande potencial de crescimento. E para atingir o seu desenvolvimento, é muito importante contar com um apoio jurídico.

Criar uma startup é um processo longo e exaustivo, que exige muito foco e persistência dos empreendedores. Sabendo disso, separamos alguns benefícios de ter um advogado para startups.

Enquadramento Legal

O advogado para startups é o responsável por estudar e contextualizar a startup dentro da realidade legal, além de buscar interpretações nas leis que viabilizem aspectos e particularidades de cada empreendimento. Considerando que as startups não seguem a estrutura de uma empresa tradicional, muitos dos segmentos adotados ainda não possuem um abrigo na legislação, principalmente os mercados inovadores (ex: metaverso, blockchain etc.).

Segurança Jurídica

Outro papel importante do advogado para startups é garantir segurança jurídica para a operação.

Analisar contratos e ajustar-se às legislações reguladoras da sua área de atuação, estar atualizado quanto às leis trabalhistas ou qualquer outro regimento e tantas outras tarefas que podem ser executadas por um advogado focado na sua startup.

Além disso, é capaz de antecipar cenários de possíveis processos ou complicações judiciais, apresentar alternativas viáveis dentro dos trâmites jurídicos a fim de minimizá-los ou finalizá-los sem grandes prejuízos à empresa.

Investimentos

Ter um advogado para sua startup pode ajudar na hora de captar investimentos.

Nesse caso, o advogado é responsável por garantir que a empresa esteja dentro dos parâmetros da lei para qualquer relação ou negociação que seja feita com investidores. Isso diz respeito tanto às normas externas descritas em lei, quanto em regimentos e políticas internas bem estabelecidas, como as diretrizes de compliance e governança.

Checklist Jurídica para Startups

Com o objetivo de minimizar os riscos jurídicos da abertura e funcionamento de uma startup, elaboramos uma Checklist com alguns pontos de cuidado que precisam ser observados pelos fundadores.

Societário

  • Qual é o tipo societário da startup?
  • Existe um Acordo de Sócios?
  • Qual a participação de cada sócio?
  • Quais são os direitos e obrigações de cada sócio?
  • Como os sócios são remunerados?

Tributação

  • Qual o regime tributário mais adequado?
  • Quais são os tributos incidentes e as obrigações tributárias acessórias?
  • A startup pode se valer de algum benefício fiscal?

Investidores

  • Qual é a forma de investimento?
  • Quais são os direitos e obrigações do investidor?
  • Qual o prazo pactuado para o investimento?

Trabalhista

  • Como é feita a contratação dos colaboradores?
  • Como é feita a remuneração dos colaboradores?
  • Os colaboradores estão formalizados?
  • Quais são as obrigações trabalhistas aplicáveis?
  • A startup possui incentivos para retenção de talentos?

Proteção de Dados

  • Os dados já foram mapeados?
  • A startup possui Política de Privacidade?
  • Como é feita a contratação do cliente?

Consumidores

  • Os contratos com os clientes estão adequados?
  • Quais obrigações legais que a startup está obrigada?
  • A startup possui Termos de Uso da plataforma?

Propriedade Intelectual

  • A marca está registrada no INPI?
  • Existe patente registrada no INPI?

Regulação

  • A atividade da startup está sujeita a algum órgão ou agência reguladora?
  • Quais são as normas regulatórias aplicáveis?

Concorrencial

  • Existe acordo de Non Compete entre os sócios e o time?
  • A startup se protege em relação a compartilhamento de informações para concorrentes?
  • As práticas estão com a legislação concorrencial?

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A estruturação jurídica de empresas não se limita à elaboração do contrato social. Ela passa pela escolha da atividade, o regime tributário incidente sobre a operação, as regras de ingresso, convívio e saída dos sócios ou acionistas. Há também as regras de gestão e de como a empresa se relaciona com seus colaboradores, clientes, fornecedores e investidores.

Além disso, é importante que a área jurídica da empresa esteja bem estruturada desde o início, garantindo assim um crescimento seguro e saudável. Cuidados com a relação entre os sócios, tributário, proteção de dados, relações trabalhistas, dentre outros, não podem ser observados apenas quando a empresa estiver mais madura.

Em resumo, a estrutura jurídica não terá influência somente na forma como a empresa paga seus tributos, mas influenciará os aspectos burocráticos do negócio, a responsabilidade pessoal e até mesmo na forma como de captação de investimentos.

Separamos alguns dos principais pontos que merecem atenção do empreendedor na hora de estrutura a empresa:

Tipo Societário: Logo no início, é fundamental constituir uma empresa para evitar responsabilidade ilimitada dos sócios e evitar riscos tributários na pessoa física. Vale destacar que a escolha do tipo societário tem repercussões no regime tributário, na responsabilidade dos sócios e em alguns aspectos e obrigações do ponto de vista societário.

Relação entre os Sócios ou Acionistas: Para a sobrevivência e saúde do negócio, os fundadores devem, desde o início, realizar um Acordo de Sócios ou Acionistas para determinar as regras que irão regular a sociedade.

Regime Tributário: Feita a escolha do tipo societário, é importante definir em seguida o regime tributário aplicável. Os regimes tributários mais utilizados são: o Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. Nesse momento, é importante o empreendedor estimar receitas e custos para verificar qual regime tributário será menos oneroso.

Proteção da Marca: Outro ponto de grande importância é a proteção da marca, que deve estar devidamente registrada no INPI para garantir direitos.

Esses são alguns dos pontos que precisam ser observados no momento de constituição de uma empresa, sem prejuízo de outros que são igualmente fundamentais para a proteção jurídica da empresa.

Nós, do Chambarelli Advogados, assessoramos empresários, investidores e empreendedores na estruturação jurídica de empresas. Atuamos como parceiro de negócios de cada cliente, buscando trazer conforto e segurança jurídica para que você se preocupe o que é mais importante: o seu negócio.

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As empresas familiares, que formam a espinha dorsal de muitas economias ao redor do mundo, enfrentam desafios únicos no contexto de fusões e aquisições (M&A). Esses desafios não são apenas de natureza financeira ou estratégica, mas também profundamente enraizados nos aspectos jurídicos e nas dinâmicas familiares.

Aspectos Jurídicos nas Fusões e Aquisições de Empresas Familiares

As empresas familiares, ao considerarem processos de M&A, devem lidar com uma série de questões jurídicas complexas. Estas incluem, mas não se limitam a, avaliações de negócios, estruturações de transações, questões de sucessão e conformidade com regulamentações locais e internacionais. Além disso, é essencial garantir que todos os acordos estejam em conformidade com os interesses tanto da família quanto do negócio.

Um ponto crítico é a avaliação da empresa. Muitas vezes, as empresas familiares possuem valores que transcendem o financeiro, incorporando a cultura, a história e os relacionamentos pessoais. Isso pode criar disparidades entre o valor percebido pela família e o valor de mercado, complicando as negociações.

Desafios da Governança e Sucessão

A governança é outra área desafiadora. Em empresas familiares, as decisões de negócios muitas vezes são influenciadas por considerações familiares. Durante um processo de M&A, assegurar que as decisões sejam tomadas com base no melhor interesse do negócio pode ser complexo, especialmente quando há múltiplas gerações ou ramos da família envolvidos.

A questão da sucessão também é fundamental. A transição de liderança em empresas familiares pode ser emocional e politicamente carregada. Durante um processo de M&A, é essencial que haja um plano claro de sucessão para a nova entidade combinada, respeitando tanto os membros da família quanto os requisitos do negócio.

Aspectos Emocionais e Culturais

Além dos aspectos técnicos e legais, há desafios emocionais e culturais. As empresas familiares muitas vezes têm uma forte identidade cultural e um sentido de legado. Durante uma fusão ou aquisição, preservar essa identidade enquanto integra uma nova cultura corporativa pode ser uma tarefa delicada.

Resolução de Conflitos e Negociações

A negociação em processos de M&A em empresas familiares pode ser mais complicada devido a conflitos internos e questões emocionais. É fundamental ter mecanismos de resolução de conflitos para lidar com desentendimentos e assegurar que todas as partes estejam alinhadas em suas expectativas e objetivos.

Assessoria Jurídica em Operações de M&A em Empresas Familiares

A importância da assessoria jurídica nas operações de fusões e aquisições (M&A) em empresas familiares é imensurável, considerando as complexidades e singularidades que essas operações envolvem. Em um cenário onde as decisões de negócios estão intimamente ligadas às relações familiares, uma orientação jurídica especializada não é apenas um apoio, mas uma necessidade crucial para garantir o sucesso e a sustentabilidade das operações.

Em primeiro lugar, a assessoria jurídica especializada em M&A oferece uma análise detalhada e objetiva dos aspectos legais relacionados à operação. Isso inclui a avaliação rigorosa de todos os documentos legais, contratos, acordos de acionistas e outros documentos fundamentais. Tal avaliação é vital para identificar potenciais riscos e contingências, assegurando que todas as questões legais estejam adequadamente endereçadas e resolvidas.

Além disso, a assessoria jurídica em M&A ajuda a navegar pelas complexidades regulatórias. Em operações de fusões e aquisições, é imprescindível estar em conformidade com as leis e regulamentos locais e internacionais. Isso pode ser particularmente desafiador em empresas familiares, onde as operações podem ter se desenvolvido de maneira mais orgânica e menos formal. Um advogado especializado garantirá que a operação esteja alinhada com todas as normas regulatórias relevantes, evitando problemas legais futuros.

No âmbito das empresas familiares, as questões de governança e sucessão assumem uma importância especial. A assessoria jurídica em M&A pode fornecer conselhos cruciais sobre como estruturar a governança da empresa pós-fusão ou aquisição, garantindo que os interesses da família e da empresa estejam alinhados. Além disso, pode ajudar a elaborar planos de sucessão eficazes, um aspecto crítico para a continuidade e prosperidade de longo prazo da empresa familiar.

Outro papel importante da assessoria jurídica é na negociação e elaboração de acordos. Em operações de M&A em empresas familiares, as negociações podem ser complicadas por dinâmicas familiares e emoções. Advogados experientes podem atuar como mediadores neutros, garantindo que as negociações sejam conduzidas de maneira objetiva e que os acordos alcançados sejam justos e equitativos para todas as partes envolvidas.

Por fim, a assessoria jurídica também desempenha um papel fundamental na gestão de conflitos. As operações de M&A podem gerar ou exacerbar conflitos dentro da família. Advogados com experiência em empresas familiares podem fornecer estratégias eficazes para a resolução de conflitos, garantindo que quaisquer disputas sejam resolvidas de maneira que preserve as relações familiares e os interesses do negócio.

Em resumo, a assessoria jurídica nas operações de M&A em empresas familiares é uma peça chave para garantir que as transações sejam não apenas bem-sucedidas em termos comerciais, mas também sustentáveis a longo prazo, considerando as complexas interações entre os aspectos familiares e empresariais. Com a orientação de especialistas jurídicos, as empresas familiares podem atravessar o processo de M&A com confiança, sabendo que seus interesses legais e comerciais estão sendo cuidadosamente gerenciados.

Considerações Finais

As fusões e aquisições em empresas familiares apresentam um conjunto único de desafios que exigem uma abordagem cuidadosa e personalizada. Além das considerações financeiras e estratégicas, é crucial abordar os aspectos jurídicos, emocionais e culturais para garantir uma transição suave e bem-sucedida. Um planejamento eficaz, uma comunicação clara e uma compreensão profunda das dinâmicas familiares são essenciais para superar esses desafios e garantir que o legado da empresa familiar continue a prosperar na nova entidade formada.

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No mundo das startups, fusões e aquisições (M&A) representam momentos decisivos. Para empreendedores, esses processos não são apenas oportunidades de crescimento e expansão, mas também complexas transações que exigem cuidadosa consideração e planejamento. Este artigo fornece um guia abrangente para empreendedores que estão explorando o potencial de fusões e aquisições em suas startups.

O Que são Fusões e Aquisições em Startups?

Fusões e aquisições em startups envolvem a combinação de duas empresas (fusão) ou a compra de uma empresa por outra (aquisição). No ecossistema de startups, esses processos são frequentemente vistos como estratégias para acelerar o crescimento, expandir a presença no mercado, acessar novas tecnologias ou talentos, ou mesmo como uma saída lucrativa para os fundadores e investidores.

A Importância da Assessoria Jurídica no M&A

A importância de uma assessoria jurídica especializada durante processos de fusões e aquisições (M&A) é inestimável, especialmente no contexto de startups e empresas em crescimento. Nestas transações, que muitas vezes são pontos de inflexão cruciais para um negócio, o papel dos advogados vai muito além do simples aconselhamento legal; eles se tornam peças-chave na facilitação, estruturação e conclusão bem-sucedida do negócio.

Durante um processo de M&A, a complexidade das negociações e a magnitude das transações requerem uma compreensão aprofundada não só das leis pertinentes, mas também dos aspectos comerciais e estratégicos envolvidos. Advogados especializados em M&A oferecem essa habilidade, assegurando que todos os aspectos legais da transação sejam minuciosamente analisados e tratados.

Um dos aspectos mais críticos em M&A é a due diligence, um processo de investigação e avaliação detalhada da empresa-alvo. Advogados especializados conduzem essa análise, avaliando riscos legais, revisando contratos, verificando a propriedade intelectual e garantindo a conformidade regulatória. Esta etapa é vital para a identificação de possíveis problemas que podem afetar o valor da transação ou mesmo sua viabilidade.

Além disso, a assessoria jurídica é fundamental na estruturação do acordo de M&A. Cada transação é única, e advogados experientes sabem como estruturar acordos de maneira que se alinhem com os objetivos estratégicos e financeiros das partes envolvidas. Eles ajudam a negociar os termos do acordo, incluindo preço, cronograma, garantias, indenizações e contingências.

Outro aspecto chave é o gerenciamento de questões regulatórias e de conformidade. Dependendo da natureza da transação e dos setores envolvidos, pode haver uma série de aprovações regulatórias necessárias. Advogados com experiência em M&A asseguram que todas as exigências regulatórias sejam cumpridas, evitando atrasos e possíveis penalidades.

Além disso, a assessoria jurídica em M&A também desempenha um papel importante na comunicação e negociação com os stakeholders. Isso inclui não apenas as partes envolvidas na transação, mas também reguladores, empregados, investidores e outros parceiros de negócios.

Em resumo, a assessoria jurídica em processos de M&A é uma peça fundamental para garantir uma transação suave, eficiente e bem-sucedida. Com o apoio de advogados especializados, startups e empresas podem navegar pelo complexo mundo das fusões e aquisições com maior confiança e segurança, garantindo que seus interesses sejam protegidos e seus objetivos alcançados.

Preparação para M&A: Antes de iniciar um processo de M&A, é crucial que a startup esteja bem preparada. Isso inclui ter todas as documentações em ordem, como demonstrativos financeiros, contratos, documentos de propriedade intelectual e registros de conformidade. Uma due diligence meticulosa será conduzida pela outra parte, por isso, é essencial que todas as informações estejam corretas e atualizadas.

Avaliando Oportunidades de M&A: Para uma startup, não se trata apenas de encontrar um comprador ou uma empresa para adquirir. É fundamental avaliar se a fusão ou aquisição alinha-se com a visão estratégica da startup. Isso inclui considerar a cultura da empresa adquirente, o alinhamento de objetivos de negócios, e o potencial de crescimento ou sinergias pós-aquisição.

Negociação e Estruturação do Acordo: As negociações em um processo de M&A são delicadas e podem ser complexas. É essencial contar com aconselhamento jurídico e financeiro especializado. Os termos do acordo devem ser cuidadosamente estruturados para refletir não apenas o valor da startup, mas também para proteger os interesses de seus fundadores e investidores.

Aspectos Legais e Regulatórios: Fusões e aquisições envolvem uma série de questões legais e regulatórias. Dependendo do setor e do tamanho das empresas envolvidas, pode ser necessário obter aprovações regulatórias. Além disso, questões como transferência de propriedade intelectual, contratos de empregados, e responsabilidades legais pós-transação precisam ser abordadas.

O Papel dos Conselheiros e Investidores: Em muitos casos, os conselheiros e investidores desempenham um papel fundamental em fusões e aquisições. Eles podem oferecer insights valiosos, ajudar nas negociações e facilitar o processo. Para os empreendedores, é crucial manter uma comunicação clara e aberta com esses stakeholders durante todo o processo.

Conclusão

Fusões e aquisições podem ser caminhos transformadores para startups, oferecendo oportunidades significativas para crescimento e sucesso. No entanto, é um processo que requer preparação cuidadosa, avaliação estratégica e aconselhamento especializado. Para empreendedores, entender os meandros de M&A é crucial para navegar com sucesso nessas águas e alcançar os melhores resultados para suas startups.