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Quando sócios se reúnem para iniciar um negócio, o clima costuma ser de entusiasmo, planos e expectativas positivas. No entanto, com o amadurecimento da empresa, surgem decisões estratégicas, desafios financeiros e, muitas vezes, divergências sobre o rumo da sociedade. É aí que a existência de um Acordo de Sócios bem estruturado faz toda a diferença.

Mais do que um simples documento jurídico, o Acordo de Sócios é uma verdadeira bússola para a governança e a convivência societária.

O que é o Acordo de Sócios?

Trata-se de um instrumento que estabelece regras claras sobre os direitos e deveres dos sócios, a administração da empresa, as formas de ingresso e saída de sócios, e os mecanismos para solução de conflitos. Embora não seja obrigatório por lei, seu uso é cada vez mais recomendado, principalmente em sociedades limitadas e startups.

Cláusulas essenciais para um Acordo de Sócios eficiente

A seguir, destacamos as cláusulas mais relevantes que devem constar em um Acordo de Sócios, baseadas nas melhores práticas de mercado:

1. Regras de Administração e Tomada de Decisões

Definir quem são os administradores da sociedade e quais são seus poderes evita disputas futuras. O Acordo pode estabelecer, por exemplo:

  • Quóruns específicos para certas deliberações (como venda de ativos ou contratação de dívidas relevantes).

  • Poderes individuais e coletivos dos administradores.

  • Necessidade de aprovação prévia para decisões estratégicas.

2. Direito de Preferência na Transferência de Quotas

Garante que, antes de vender suas quotas a terceiros, um sócio ofereça sua participação aos demais sócios, respeitando condições pré-estabelecidas.

3. Tag Along (Direito de Venda Conjunta)

Se sócios majoritários decidirem vender suas quotas, os minoritários têm o direito de participar da venda nas mesmas condições. Isso protege os sócios minoritários de ficarem presos a novos controladores indesejados.

4. Drag Along (Obrigação de Venda Conjunta)

Permite que sócios majoritários obriguem os minoritários a vender suas participações para viabilizar uma venda estratégica da empresa, garantindo que o negócio não fique travado por resistências individuais.

5. Política de Distribuição de Lucros

Definir antecipadamente como e quando os lucros serão distribuídos pode evitar mal-entendidos. O Acordo pode até prever a possibilidade de retenção de lucros para reinvestimento.

6. Deveres de Lealdade, Boa-fé e Não Concorrência

Estabelecer deveres expressos de lealdade e de boa-fé entre os sócios reforça o compromisso ético na gestão da empresa. Também é comum incluir cláusulas de não concorrência e não aliciamento de funcionários.

7. Cláusulas de Governança e Conflito de Interesses

O Acordo pode detalhar boas práticas de governança e prever condutas proibidas, como a utilização de informações privilegiadas ou o uso de ativos da empresa para fins pessoais.

8. Confidencialidade

Cláusula essencial para proteger informações estratégicas da empresa, mesmo após a saída de um sócio.

9. Propriedade Intelectual

Em empresas inovadoras, é fundamental definir que toda propriedade intelectual criada pelos sócios no exercício das suas funções pertence à sociedade.

10. Mecanismos de Solução de Conflitos

Antes de partir para o Judiciário, muitos Acordos estabelecem que os sócios devem buscar uma solução amigável, com prazos para negociação e, se necessário, recorrer a arbitragem ou mediação.

Por que o Acordo de Sócios deve ser feito por um advogado especializado?

Cada sociedade tem suas particularidades. Cláusulas genéricas ou mal redigidas podem trazer insegurança jurídica e até gerar mais conflitos do que resolver. Um escritório especializado, como o Chambarelli Advogados, analisa a estrutura da empresa, o perfil dos sócios e os objetivos de longo prazo para criar um Acordo de Sócios sob medida.

Conclusão

Seja em startups, negócios familiares ou empresas consolidadas, o Acordo de Sócios é uma camada extra de segurança e governança. Antecipar conflitos e estabelecer as regras do jogo de forma clara é um sinal de maturidade empresarial.

Se sua sociedade ainda não tem um Acordo de Sócios, ou se o documento existente precisa ser atualizado, entre em contato com nossa equipe. Estamos prontos para ajudar a proteger o que você construiu.

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As operações de fusões e aquisições (M&A) têm ganhado espaço como estratégia de crescimento, diversificação de portfólio ou acesso a novos mercados. No entanto, mesmo empresas experientes podem cometer um erro crítico: subestimar os riscos jurídicos e financeiros relacionados ao chamado passivo oculto.

Esse risco invisível, muitas vezes negligenciado durante as negociações, pode transformar uma aquisição promissora em uma fonte contínua de litígios, contingências e perdas financeiras.

O que é o passivo oculto em M&A?

Passivo oculto refere-se a obrigações ou riscos que não estão devidamente refletidos nas demonstrações financeiras ou que, por diversas razões, não foram revelados ou detectados durante o processo de due diligence. Exemplos comuns incluem:

  • Passivos trabalhistas decorrentes de vínculos não formalizados ou benefícios pagos de forma irregular.

  • Contingências tributárias ainda não reconhecidas oficialmente.

  • Processos cíveis com risco de perda elevado, mas sem provisão contábil adequada.

  • Obrigações ambientais não declaradas.

  • Litígios societários latentes.

Além dos passivos já constituídos, há também riscos decorrentes de contratos mal elaborados, cláusulas de não concorrência não respeitadas ou direitos de terceiros que podem gerar questionamentos futuros.

Cláusulas contratuais essenciais para proteção do comprador

Diante desse cenário, o contrato de compra e venda de participação societária precisa conter mecanismos robustos de proteção. Os principais instrumentos jurídicos utilizados são:

1. Declarações e Garantias (Representations and Warranties)
Trata-se de um conjunto de declarações feitas pelo vendedor sobre a situação jurídica, financeira e operacional da empresa-alvo. Incluem tópicos como:

  • Regularidade fiscal.

  • Conformidade trabalhista.

  • Ausência de litígios relevantes.

  • Situação ambiental.

  • Regularidade de contratos com terceiros.

Essas declarações criam obrigações objetivas, permitindo ao comprador, caso haja descumprimento, pleitear indenização.

2. Cláusula de Indenização (Indemnification Clause)
Esta cláusula estabelece as condições em que o vendedor deverá indenizar o comprador por perdas decorrentes de violações das declarações e garantias. É importante prever:

  • Prazos para reclamações.

  • Limites de responsabilidade (caps).

  • Valores mínimos para pleitos (thresholds ou baskets).

  • Procedimentos de notificação e resolução de disputas.

3. Cláusulas de Escrow ou Holdback
Uma prática comum é reter parte do preço de compra em uma conta vinculada (escrow account) ou condicionar o pagamento de parcela do preço ao decurso de um período de tempo, como forma de assegurar recursos para eventuais indenizações.

4. Cláusulas de Due Diligence Previamente Declarada
É importante vincular ao contrato a lista de documentos e informações fornecidas durante o processo de due diligence. Isso permite ao comprador demonstrar que baseou sua decisão de compra nas informações fornecidas, reforçando sua posição em caso de omissão relevante.

5. Non-Reliance Clause (ou Cláusula de Exclusividade Informacional)
Embora menos utilizada em algumas jurisdições, essa cláusula pode limitar a responsabilidade do vendedor por informações não expressamente incluídas no contrato ou nos documentos de due diligence.

Por que muitos gestores ainda negligenciam o passivo oculto?

A pressão por fechar o negócio, somada a análises concentradas apenas nos números financeiros, pode fazer com que questões jurídicas passem para segundo plano. Outro fator comum é a falta de envolvimento de assessorias jurídicas especializadas na etapa de negociação contratual.

Uma due diligence incompleta, focada apenas em aspectos contábeis e financeiros, sem uma análise legal detalhada, aumenta significativamente o risco de surpresas após o fechamento da operação.

Conclusão

Mitigar os riscos de passivos ocultos em operações de M&A exige mais do que boa vontade entre as partes. Requer uma estrutura contratual sólida, um processo de due diligence abrangente e o apoio de profissionais especializados em operações societárias.

Ignorar esse cuidado pode transformar um projeto de crescimento em uma fonte contínua de contingências e perdas inesperadas.

Se a sua empresa está considerando uma aquisição, o momento de cuidar da segurança jurídica é agora – antes da assinatura do contrato.

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A gestão do passivo cível tornou-se uma das principais preocupações de empresas que buscam preservar sua saúde financeira em um ambiente de negócios cada vez mais volátil. Litígios acumulados, ações de cobrança e execuções judiciais representam não apenas um risco jurídico, mas também um impacto direto sobre o caixa, o crédito e a reputação da empresa no mercado.

O que muitas organizações ainda não perceberam é que há espaço real para a redução substancial desses passivos. Em casos concretos, com uma abordagem estratégica e bem planejada, é possível reduzir o valor global da dívida em até 70%.

Entendendo a composição do passivo cível

O passivo cível de uma empresa geralmente inclui:

  • Ações de cobrança por fornecedores.

  • Processos de execução de contratos.

  • Demandas de indenização.

  • Litígios com parceiros comerciais.

Cada uma dessas frentes representa não apenas o valor da dívida original, mas também juros, multas, correção monetária, custas processuais e honorários advocatícios. Por isso, a redução efetiva do passivo exige uma análise detalhada de cada processo e de cada credor.

A base da negociação: diagnóstico jurídico e financeiro

Antes de iniciar qualquer negociação, o primeiro passo é realizar um diagnóstico técnico do passivo. Isso inclui:

  • Levantamento detalhado de todos os processos judiciais em curso.

  • Análise do estágio processual de cada demanda.

  • Avaliação de riscos de perda em cada caso.

  • Estimativa de provisionamento contábil.

Essa visão consolidada permite identificar quais processos são mais críticos e quais oferecem maior margem para negociação.

Estratégias de negociação que funcionam

Empresas que obtêm resultados expressivos na redução de passivos costumam adotar algumas práticas-chave:

  1. Concentração de credores: Negociar de forma coordenada com múltiplos credores, evitando soluções isoladas que apenas postergam o problema.

  2. Uso de laudos e pareceres: Apresentar estudos de capacidade de pagamento e demonstrativos financeiros que evidenciem os limites reais da empresa.

  3. Propostas com fundamento técnico: Oferecer soluções concretas, como pagamentos à vista com descontos agressivos ou parcelamentos com entrada reduzida.

  4. Negociação com base em precedentes judiciais: Utilizar a jurisprudência e o histórico processual como argumento para reduzir valores controversos.

  5. Utilização de instrumentos de transação judicial: Em alguns casos, propor acordos homologados judicialmente para encerrar múltiplas ações com segurança jurídica.

O papel da comunicação estratégica

A forma como a proposta de negociação é apresentada pode ser tão relevante quanto o conteúdo financeiro. É fundamental demonstrar boa-fé, capacidade de cumprimento e disposição real para resolver o passivo. Uma postura transparente e profissional aumenta as chances de êxito e reduz o risco de medidas mais drásticas por parte dos credores.

Resultados concretos: o que mostram os cases de mercado

Na prática, empresas que iniciam um programa estruturado de gestão de passivos conseguem reduções de 50% a 70% no valor total das dívidas cíveis acumuladas. O segredo está na combinação de análise jurídica detalhada, planejamento financeiro e uma condução firme, mas respeitosa, das negociações.

Conclusão

Reduzir o passivo cível não é apenas uma possibilidade. É uma estratégia que pode ser planejada, executada e mensurada. Com a orientação jurídica adequada, é possível transformar um cenário de risco financeiro em uma oportunidade de reorganização e retomada de crescimento.

Se a sua empresa enfrenta um passivo cível crescente, talvez o próximo passo seja reavaliar sua estratégia de gestão de litígios e abrir espaço para uma solução negociada.

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Para muitas empresas, o enfrentamento de dívidas é uma realidade que faz parte do ciclo natural dos negócios. Oscilações de mercado, redução de receita, aumento de custos operacionais e crises econômicas inesperadas podem levar qualquer organização a situações de inadimplência. No entanto, o grande erro de gestão não está apenas em contrair dívidas, mas em postergar a tomada de decisão sobre como administrá-las.

Esperar que o credor inicie uma execução judicial parece, à primeira vista, uma estratégia de contenção de caixa. Contudo, na prática, adiar a negociação pode significar um aumento exponencial dos custos envolvidos.

O efeito multiplicador da execução judicial

Quando uma dívida chega à fase de execução, o passivo financeiro da empresa passa a incluir uma série de encargos adicionais. Entre eles:

  • Juros de mora acumulados durante o período de inadimplência.

  • Multas contratuais ou legais.

  • Honorários advocatícios de sucumbência, muitas vezes fixados entre 10% e 20% do valor da causa.

  • Custas e despesas processuais.

Além disso, a própria dinâmica da execução judicial cria bloqueios operacionais que podem paralisar a empresa. Bloqueios de conta bancária via BacenJud, penhora de faturamento e constrições patrimoniais são medidas que, na maioria das vezes, surpreendem o empresário justamente nos momentos de maior fragilidade financeira.

Negociação preventiva: uma estratégia de preservação de caixa

Negociar antes da judicialização permite condições muito mais favoráveis. O ambiente extrajudicial proporciona maior flexibilidade para as partes estabelecerem prazos, descontos e condições de pagamento alinhadas à capacidade financeira da empresa.

Em muitas situações, é possível obter:

  • Redução significativa de juros e multas.

  • Alongamento de prazos com parcelamentos sustentáveis.

  • Suspensão de medidas restritivas mediante garantias alternativas.

  • Possibilidade de transações com descontos expressivos em dívidas tributárias e cíveis.

O custo invisível da procrastinação

Há ainda um custo indireto que muitos gestores negligenciam: a perda de capacidade de negociação com fornecedores, instituições financeiras e investidores. Uma empresa que passa a responder por diversas execuções públicas sofre impactos em sua reputação de crédito, o que pode dificultar acesso a novos financiamentos ou contratos comerciais.

Além disso, o tempo que a equipe interna e o jurídico gastam para administrar múltiplos processos judiciais poderia estar sendo investido em estratégias de recuperação e crescimento.

A importância de uma assessoria especializada

Cada situação de passivo exige uma análise estratégica personalizada. Não existe solução única que sirva para todos os casos. Avaliar a composição do passivo, a natureza dos credores, os riscos de litígio e as melhores táticas de negociação demanda o suporte de um escritório com experiência em gestão de passivos empresariais.

A construção de uma estratégia bem fundamentada, com previsibilidade de impacto no caixa e análise de riscos jurídicos, é o primeiro passo para transformar um cenário de crise em uma oportunidade de reorganização financeira.

Conclusão

A decisão de adiar a negociação de dívidas pode parecer uma forma de ganhar tempo, mas na realidade, pode ser um fator de multiplicação de custos e riscos. A experiência mostra que empresas que buscam soluções preventivas, antes da judicialização, não apenas reduzem seus passivos, mas também preservam liquidez, reputação e capacidade de retomada.

Se a sua empresa enfrenta um cenário de passivo crescente, talvez o melhor momento para agir seja agora.

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Toda empresa, em algum momento de sua trajetória, se depara com uma encruzilhada contratual: manter uma relação comercial em condições adversas ou buscar a rescisão como forma de mitigar riscos e prejuízos. Em períodos de crise econômica, mudanças abruptas no mercado ou desequilíbrios financeiros internos, essa decisão ganha um peso ainda maior.

A resposta, quase sempre, depende de uma análise técnica, jurídica e econômica que vai muito além da leitura literal do contrato.

Quando a renegociação é o melhor caminho

Renegociar significa preservar a relação comercial, ajustando condições que se tornaram inviáveis ou desproporcionais ao longo do tempo. Empresas que valorizam a manutenção de parcerias estratégicas, ou que reconhecem que o custo de substituir um fornecedor ou cliente seria ainda maior, tendem a priorizar esse caminho.

Na prática, os pontos mais comuns de renegociação incluem:

  • Prazos de pagamento: Adequações para melhorar o fluxo de caixa.

  • Valores de contraprestação: Revisões para refletir a nova realidade de mercado ou capacidade financeira das partes.

  • Cláusulas de reajuste: Atualizações de índices e critérios de correção.

  • Escopo de obrigações: Redefinição de volumes, prazos de entrega ou condições de prestação de serviços.

Além de preservar a relação, a renegociação pode ser uma oportunidade para fortalecer o vínculo comercial, demonstrando boa-fé e capacidade de adaptação.

Quando a rescisão contratual se torna inevitável

Há situações em que manter o contrato ativo representa um risco maior do que encerrá-lo. Empresas que enfrentam inadimplemento reiterado da outra parte, que percebem uma perda estrutural na qualidade da prestação de serviços ou que identificam que a relação contratual já não atende ao seu modelo de negócios podem optar pela rescisão.

Nesse contexto, é essencial observar:

  • As condições de término previstas no contrato: Prazos de aviso prévio, multas rescisórias e possíveis obrigações de transição.

  • Os impactos financeiros imediatos e de longo prazo: Custos com a substituição de fornecedores, necessidade de reorganização de processos ou busca de novos parceiros comerciais.

  • O risco de litígios: A decisão deve ser tomada com base em parecer jurídico que minimize a chance de disputas judiciais.

Análise de custo-benefício: a decisão baseada em dados

Antes de optar entre renegociar ou romper, a empresa precisa mapear os impactos de cada alternativa. Isso inclui:

  • Projeção de fluxo de caixa para os próximos meses com e sem o contrato.

  • Avaliação do custo de transição ou substituição.

  • Análise jurídica das cláusulas de rescisão e dos riscos de responsabilização futura.

  • Consideração dos aspectos reputacionais envolvidos na decisão.

Uma abordagem baseada em dados e conduzida com o suporte de uma assessoria jurídica especializada permite uma decisão mais segura e alinhada com os objetivos estratégicos da empresa.

Conclusão

Cenários de crise exigem decisões rápidas, mas não apressadas. A escolha entre renegociar ou romper um contrato deve ser resultado de uma análise criteriosa, que considere não apenas os custos financeiros, mas também os aspectos jurídicos, comerciais e de imagem da empresa.

Seja qual for o caminho escolhido, o importante é que a decisão seja planejada, documentada e juridicamente segura. Afinal, num ambiente empresarial cada vez mais dinâmico, a capacidade de gerenciar riscos contratuais pode ser o diferencial entre sobreviver à crise ou comprometer a saúde do negócio.

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No ambiente empresarial, os contratos são mais do que instrumentos formais de relacionamento comercial. Eles são, na prática, extensões da estratégia financeira e operacional de uma empresa. Em cenários de oscilação econômica, inflação acumulada ou mudanças repentinas no mercado, a revisão contratual passa de uma simples formalidade para uma medida de preservação de caixa e proteção da saúde financeira.

Empresas que negligenciam a atualização periódica de suas cláusulas contratuais expõem-se a riscos desnecessários, incluindo aumento de passivo, litígios inesperados e perda de margem de lucro.

Por que revisar contratos?

A realidade de muitos gestores é clara: contratos antigos permanecem com cláusulas que não refletem mais a dinâmica atual do negócio. O que antes era adequado, hoje pode ser um obstáculo financeiro. A revisão contratual permite adaptar as condições às novas realidades econômicas e jurídicas, além de corrigir desequilíbrios que só se tornaram evidentes com o tempo.

Cláusulas de pagamento: o impacto direto no fluxo de caixa

Uma das primeiras frentes a serem analisadas em uma revisão contratual são as condições de pagamento. Muitas empresas mantêm prazos e formas de pagamento que não acompanham sua nova realidade financeira.

Revisar essas cláusulas pode significar adequar prazos, prever gatilhos de antecipação ou renegociar parcelamentos que estejam prejudicando o capital de giro. É também o momento de avaliar se há juros, multas ou encargos desproporcionais em caso de inadimplemento.

Cláusulas de reajuste: como evitar perdas acumuladas

Outro ponto crítico são as cláusulas de reajuste. Em muitos contratos, o índice de correção monetária é deixado de lado durante a negociação inicial ou definido de forma pouco estratégica.

Com a inflação e a alta de insumos, cláusulas mal calibradas podem corroer margens ao longo dos anos. Uma revisão cuidadosa permite ajustar o índice de correção, revisar a periodicidade dos reajustes e, se necessário, negociar cláusulas de repactuação com base em índices mais aderentes à realidade do setor.

Cláusulas de rescisão: prevenindo litígios e custos imprevistos

As cláusulas de rescisão merecem atenção especial. Um contrato que não define claramente os cenários de rompimento, os prazos de aviso prévio e as penalidades aplicáveis pode gerar disputas complexas e onerosas.

Além de evitar judicializações desnecessárias, revisar estas cláusulas permite criar saídas estratégicas que protejam a empresa em caso de mudança de cenário, seja por redução de demanda, reestruturação interna ou variações de mercado.

A revisão contratual como ferramenta de gestão de riscos

Mais do que um exercício jurídico, a revisão de contratos deve ser encarada como um componente essencial da gestão de riscos. Ela permite corrigir distorções financeiras, melhorar o planejamento orçamentário e reduzir incertezas em relação às obrigações futuras.

Empresas que adotam uma política de revisão contratual periódica posicionam-se melhor para enfrentar oscilações econômicas, responder a crises com agilidade e proteger sua rentabilidade.

Conclusão

Revisar contratos não é apenas uma medida de conformidade. É uma estratégia proativa para proteger o caixa da empresa e garantir segurança jurídica nas relações comerciais. Em um cenário empresarial cada vez mais dinâmico, a gestão contratual precisa evoluir para acompanhar as mudanças. Uma análise especializada, feita por um escritório com experiência em Direito Contratual Empresarial, pode ser o diferencial entre um contrato que protege e um que representa risco.

Se a sua empresa ainda não realizou uma revisão contratual nos últimos meses, talvez este seja o momento de começar.

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Você sabia que clínicas médicas podem ter direito à redução da carga tributária federal com base na chamada equiparação hospitalar? Muitos empresários da saúde desconhecem esse direito, mesmo já existindo decisões judiciais favoráveis em todo o país.

❓ O que é equiparação hospitalar para fins tributários?

A equiparação hospitalar é o reconhecimento judicial de que clínicas médicas, odontológicas ou estéticas que prestam serviços com estrutura semelhante à de um hospital (alta complexidade, equipe técnica, protocolos, tecnologia avançada etc.) podem ser tributadas com a alíquota reduzida de IRPJ e CSLL, aplicável aos hospitais privados.

Essa interpretação permite que a clínica reduza sua carga tributária de forma legal, aplicando percentual de presunção menor no Lucro Presumido.

❓ Quais clínicas têm direito à equiparação hospitalar?

Em geral, são elegíveis clínicas que:

  • Possuem estrutura física e tecnológica robusta (salas com equipamentos de alta complexidade, protocolos de segurança, tecnologias como laser, ultrassom, microscópios etc.);

  • Realizam procedimentos que exigem equipe multidisciplinar ou cuidados médicos contínuos;

  • Atendem com corpo clínico especializado, com protocolos similares aos de hospitais;

  • Comprovam que os serviços vão além do atendimento ambulatorial simples.

⚠️ A análise é caso a caso, e exige documentação técnica, fiscal e médica adequada para fundamentar a ação judicial.

❓ Qual é a economia de impostos com a equiparação hospitalar?

No Lucro Presumido, clínicas são normalmente tributadas com base em 32% de presunção de lucro. Hospitais, por sua vez, têm presunção de 8% para IRPJ e 12% para CSLL.

Com a equiparação, a economia pode ultrapassar 70% de redução na carga tributária federal, considerando IRPJ e CSLL somados. Em alguns casos, é possível também pleitear a restituição dos valores pagos a mais nos últimos 5 anos.

❓ A equiparação vale para clínicas de estética, dermatologia e odontologia?

Sim — desde que preencham os requisitos de estrutura complexa, segurança, protocolos clínicos e equipe multidisciplinar.

Já existem precedentes favoráveis para clínicas de dermatologia, odontologia, cirurgia plástica, medicina integrativa, ortopedia e outras especialidades. O importante é demonstrar que a clínica atua com padrão hospitalar.

❓ Como solicitar a equiparação hospitalar? É preciso entrar na Justiça?

Sim. A equiparação hospitalar não é concedida automaticamente. Ela depende de ação judicial específica, com prova técnica detalhada (contratos, laudos, fotos dos equipamentos, notas fiscais, plantas, registros sanitários etc.).

O processo deve ser conduzido por advogado tributarista com experiência no setor de saúde, capaz de elaborar argumentação robusta e apresentar a documentação correta.

❓ A clínica pode ser fiscalizada ou autuada por buscar essa equiparação?

Não, desde que o pedido seja feito judicialmente e com base em provas idôneas, a busca pela equiparação não gera autuação. Pelo contrário: trata-se do exercício legítimo de um direito tributário garantido pela Constituição, conforme decisões do STJ e TRFs.

❓ Quais documentos são necessários para entrar com a ação?

O ideal é reunir:

  • Contrato social e CNPJ;

  • Alvará Sanitária;

  • Notas fiscais de cirurgias, exames e procedimentos;

O Chambarelli Advogados orienta seus clientes em todas essas etapas, inclusive com checklists personalizados.

Precisa pagar menos imposto e proteger sua clínica?

O Chambarelli Advogados atua em todo o Brasil com ações de equiparação hospitalar, planejamento tributário e recuperação de crédito fiscal para clínicas médicas e  odontológicas.

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Se você é empresário, gestor ou herdeiro de uma empresa familiar, provavelmente já se fez alguma das perguntas abaixo.

❓ Qual a melhor estrutura societária para uma empresa familiar?

A melhor estrutura depende do grau de maturidade do negócio, do número de membros da família envolvidos e dos objetivos de longo prazo (proteção patrimonial, sucessão, governança etc.).

O mais comum é adotar uma Sociedade Limitada (LTDA) ou uma Holding Familiar, que permite organizar as participações dos membros da família, definir regras de sucessão e facilitar a gestão profissionalizada.

✔️ A criação de uma holding patrimonial ou operacional é especialmente recomendada para empresas que desejam blindar o patrimônio, reduzir conflitos e planejar a sucessão com segurança jurídica.

❓ Posso abrir uma holding sendo MEI ou Simples Nacional?

Não. A holding exige uma estrutura jurídica mais robusta e não é compatível com a figura do MEI. Embora seja possível enquadrar uma holding no Simples Nacional, isso raramente é vantajoso ou permitido, já que:

  • A holding pura (que só detém participação em outras empresas) não pode optar pelo Simples;

  • A holding mista (que também exerce atividade operacional) deve atender critérios rigorosos, e mesmo assim a opção é limitada.

⚠️ A abertura de uma holding exige análise societária e tributária especializada. O planejamento errado pode resultar em ônus fiscais, perda de benefícios e riscos patrimoniais.

❓ Como recuperar tributos pagos indevidamente nos últimos 5 anos?

Empresas que recolhem tributos com base em alíquotas erradas, interpretações equivocadas da legislação ou tributação cumulativa indevida podem ter direito à restituição.

Os principais casos incluem:

  • PIS/COFINS monofásico em empresas de revenda;

  • ISS pago em município errado;

  • ICMS-ST cobrado em duplicidade;

  • IRPJ e CSLL pagos sobre valores que não compõem lucro real.

✔️ A recuperação pode ocorrer por via administrativa (perdcomp) ou judicial (ação de repetição de indébito). O prazo para reaver valores é de até 5 anos, contados do pagamento.

❓ Qual advogado cuida de questões entre sócios?

O profissional indicado é o advogado societário, especializado em:

  • Conflitos entre sócios;

  • Elaboração e revisão de contrato social e acordo de sócios;

  • Dissolução parcial de sociedade;

  • Valoração de quotas e apuração de haveres;

  • Planejamento de sucessão societária e prevenção de litígios.

No Chambarelli Advogados, atuamos com foco em governança preventiva, mas também assessoramos em casos de conflito já instalado — sempre com abordagem estratégica e técnica.

❓ Como evitar brigas societárias em empresas familiares?

As disputas entre sócios, especialmente em negócios familiares, podem ser prevenidas com estruturação jurídica inteligente. As principais ferramentas são:

  1. Contrato Social claro e atualizado;

  2. Acordo de Sócios bem elaborado, com regras sobre:

    • Distribuição de lucros,

    • Tomada de decisão,

    • Saída de sócios,

    • Sucessão e herança;

  3. Criação de uma holding familiar, para separar patrimônio pessoal e empresarial;

  4. Governança corporativa, com regras formais de gestão.

✔️ A prevenção começa antes do conflito. Negócios familiares com estrutura jurídica profissionalizada são mais longevos e lucrativos.

Conte com o suporte de um escritório que entende de empresas familiares

O Chambarelli Advogados é referência em Direito Empresarial, Societário e Tributário, com atuação destacada em:

  • Estruturação de empresas familiares;

  • Planejamento sucessório e patrimonial;

  • Constituição de holdings;

  • Soluções para disputas societárias;

  • Recuperação de tributos.

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Abrir uma empresa no Brasil exige mais do que preencher formulários e obter um CNPJ. É necessário planejamento jurídico, tributário e societário desde o início, para garantir segurança, evitar passivos futuros e construir um negócio sustentável.

A seguir, apresentamos um checklist jurídico completo para abrir uma empresa com segurança, elaborado com base nas dúvidas mais recorrentes de empreendedores e nas exigências legais aplicáveis à realidade brasileira.

1. Definir o tipo societário adequado

A escolha da natureza jurídica da empresa impacta diretamente a proteção patrimonial, a forma de tributação e a governança do negócio. As opções mais comuns são:

  • MEI (Microempreendedor Individual): indicado para atividades simples, com limite de faturamento anual e restrições específicas.

  • Sociedade Limitada (LTDA): ideal para empresas com dois ou mais sócios. Oferece responsabilidade limitada ao capital social.

  • Sociedade Limitada Unipessoal (SLU): alternativa jurídica para quem deseja empreender individualmente, com separação patrimonial.

  • Sociedade Anônima (S.A.): utilizada para negócios de maior porte, especialmente quando há intenção de captar investimentos.

A estrutura societária precisa estar alinhada ao modelo de negócios, à necessidade de sócios e ao planejamento tributário.

2. Elaborar contrato social ou estatuto com cláusulas estratégicas

O contrato social (ou estatuto, no caso de sociedades anônimas) deve ser redigido de forma técnica e personalizada. Esse documento define:

  • Objeto social (atividade empresarial);

  • Capital social e participação dos sócios;

  • Regras de administração;

  • Regras de entrada e saída de sócios;

  • Previsão de distribuição de lucros;

  • Soluções para casos de impasse entre os sócios.

Um contrato social mal redigido pode gerar insegurança jurídica e prejudicar o desenvolvimento do negócio.

3. Realizar planejamento tributário antes da abertura

A escolha do regime tributário correto evita prejuízos financeiros e autuações fiscais. As opções disponíveis são:

  • Simples Nacional: regime simplificado com alíquotas reduzidas, porém com limitações.

  • Lucro Presumido: tributação com base em margens fixas, recomendada para empresas com boa margem de lucro.

  • Lucro Real: obrigatório para empresas com faturamento elevado ou atividades específicas, exige maior controle contábil.

Um planejamento tributário adequado leva em consideração a atividade exercida, a margem de lucro, a estrutura societária e o potencial de crescimento da empresa.

4. Redigir acordo de sócios (ou acordo de quotistas)

Além do contrato social, o acordo de sócios é essencial para prevenir conflitos e garantir estabilidade nas decisões. Ele estabelece:

  • Direitos e deveres de cada sócio;

  • Quóruns de deliberação;

  • Política de saída e entrada de sócios;

  • Regras de sucessão e falecimento;

  • Cláusulas de não concorrência e confidencialidade.

A ausência desse instrumento é uma das principais causas de disputas societárias no Brasil.

5. Registrar a marca da empresa no INPI

Ter o CNPJ não garante a exclusividade sobre o nome da empresa. O registro da marca no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) é o único meio legal de proteger o nome e a identidade visual do negócio.

Empresas que não registram suas marcas correm o risco de serem impedidas de utilizá-las, mesmo após anos de atuação no mercado.

6. Definir corretamente o CNAE e o objeto social

O CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) determina o enquadramento fiscal e a necessidade de licenças e alvarás. Um erro na escolha do CNAE pode resultar em:

  • Tributação indevida;

  • Incompatibilidade com o regime tributário escolhido;

  • Dificuldades para emissão de notas fiscais;

  • Riscos de autuação por exercício irregular de atividade.

É recomendável realizar essa definição com apoio de um advogado empresarial e contador experiente.

7. Obter as licenças e autorizações necessárias

Após a constituição da empresa, é obrigatório cumprir com as exigências legais para funcionamento, que podem variar conforme a atividade:

  • Alvará de funcionamento (Prefeitura);

  • Inscrição estadual ou municipal;

  • Licença da vigilância sanitária;

  • Licença ambiental, se aplicável;

  • Registro em conselhos profissionais (CRM, OAB, CRO, CREA etc.).

A ausência dessas licenças pode resultar em multas, interdições e suspensão de atividades.

8. Estruturar a proteção patrimonial dos sócios

A proteção patrimonial do empreendedor depende não apenas da natureza jurídica escolhida, mas também de práticas como:

  • Formalização adequada das operações;

  • Definição clara do capital social;

  • Separação entre pessoa física e jurídica;

  • Previsão de cláusulas de limitação de responsabilidade;

  • Blindagem patrimonial preventiva em casos específicos.

Empresas mal estruturadas tendem a expor os bens pessoais dos sócios em caso de dívidas ou litígios.

9. Criar políticas de compliance e governança desde o início

Mesmo pequenas empresas podem (e devem) estabelecer regras internas de conduta, boas práticas e estrutura de governança. Isso inclui:

  • Política de compliance jurídico e fiscal;

  • Controle sobre contratos e documentos societários;

  • Registro contábil e fiscal organizado;

  • Acompanhamento jurídico preventivo.

A ausência de governança contribui para erros operacionais, perda de credibilidade e exposição jurídica.

Conclusão: Segurança jurídica começa antes da abertura

Abrir uma empresa sem assessoria jurídica é uma das principais causas de falência precoce no Brasil. O Chambarelli Advogados atua com foco em estruturação jurídica, planejamento tributário, proteção patrimonial e governança, acompanhando o empreendedor desde a ideia até a operação consolidada.

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Abrir uma empresa no Brasil envolve decisões jurídicas, tributárias e estratégicas que podem impactar diretamente o sucesso do seu negócio. Neste artigo, respondemos às principais dúvidas de quem está começando a empreender.

1. Qual o melhor tipo de empresa para começar? (MEI, LTDA, EIRELI, SLU?)

Depende do modelo de negócio, faturamento e número de sócios.

  • MEI: ideal para atividades simples, com limite de faturamento anual de R$ 81 mil.

  • SLU (Sociedade Limitada Unipessoal): alternativa comum para quem quer empreender sozinho, com mais proteção patrimonial.

  • LTDA: usada por duas ou mais pessoas, oferece segurança jurídica entre sócios.

A escolha errada pode gerar tributação desnecessária ou insegurança jurídica. É fundamental ter orientação de um advogado empresarial para definir a estrutura adequada.

2. Preciso de contrato social mesmo sendo só um sócio?

Sim. Mesmo na Sociedade Limitada Unipessoal (SLU), o contrato social é obrigatório. Ele define:

  • objeto da empresa,

  • endereço,

  • capital social,

  • regras de funcionamento e,

  • responsabilidades.

Esse documento é essencial para blindar o patrimônio pessoal e evitar conflitos futuros — inclusive com fornecedores e o Fisco.

3. Como escolher o regime tributário certo? (Simples, Lucro Presumido ou Real?)

Essa é uma das decisões mais sensíveis na hora de abrir uma empresa. Cada regime tem regras, limites e alíquotas diferentes:

  • Simples Nacional: ideal para pequenas empresas, mas nem sempre é o mais vantajoso.

  • Lucro Presumido: pode ser mais econômico em atividades de serviço com alta margem.

  • Lucro Real: obrigatório para empresas maiores, com controle mais rígido.

Um planejamento tributário inicial é essencial para evitar pagar impostos indevidamente. A escolha errada pode impactar diretamente o lucro da empresa.

4. Preciso registrar a marca da minha empresa?

Sim — e quanto antes, melhor.
Registrar sua marca no INPI impede que terceiros utilizem o mesmo nome ou tentem impedir que você use. O registro garante exclusividade no setor e protege o valor do seu negócio.

5. Como evitar conflitos entre sócios?

O segredo está em um bom Acordo de Sócios.
Mesmo entre amigos ou familiares, os conflitos surgem — e o acordo define:

  • como será a tomada de decisões,

  • regras de saída,

  • direitos e deveres,

  • distribuição de lucros.

É um documento jurídico essencial para preservar a empresa e os relacionamentos.

6. Preciso de um advogado para abrir empresa ou posso fazer sozinho?

Legalmente, você pode abrir sozinho. Mas os riscos de erros são altos:

  • escolha errada do CNAE,

  • regime tributário mal definido,

  • contratos mal elaborados,

  • falta de cláusulas protetivas.

Contar com um escritório especializado em Direito Empresarial evita dores de cabeça e traz segurança jurídica desde o primeiro dia.

7. O que é capital social e quanto devo declarar?

O capital social representa o valor investido na empresa pelos sócios.
Não existe um valor mínimo obrigatório (exceto para certas atividades regulamentadas), mas ele deve refletir o porte do negócio e garantir credibilidade.

Além disso, o valor influencia:

  • responsabilidade dos sócios em caso de dívidas;

  • participação nos lucros;

  • capacidade de captar crédito.

8. Como proteger meu patrimônio pessoal ao abrir uma empresa?

A proteção começa pela escolha do tipo societário correto, e pela estruturação jurídica adequada.
Empresas como MEI, por exemplo, não blindam totalmente o patrimônio. Já sociedades limitadas (LTDA ou SLU), quando bem elaboradas, oferecem maior proteção — desde que a contabilidade e os contratos estejam em conformidade.

9. Quais licenças preciso para funcionar legalmente?

Isso varia conforme o setor, mas geralmente inclui:

  • CNPJ ativo na Receita Federal;

  • Inscrição estadual ou municipal;

  • Alvará de funcionamento;

  • Licenças sanitárias, ambientais ou de vigilância (dependendo da atividade).

Empresas que operam sem as licenças adequadas correm risco de interdição, multas e ações fiscais.

10. Como funciona a tributação sobre distribuição de lucros?

A distribuição de lucros para os sócios, se feita corretamente, não é tributada.
Mas há regras: a empresa precisa estar em dia com obrigações fiscais e contábeis. O erro aqui pode caracterizar disfarce de salário, gerando autuações e impostos retroativos.

Conclusão: Conte com assessoria jurídica desde o início

Evite erros que podem custar caro. O Chambarelli Advogados é referência em estruturação empresarial, planejamento tributário e proteção patrimonial para negócios de todos os portes. Atuamos como parceiros jurídicos de empreendedores, orientando desde a ideia até o crescimento sustentável.