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Como estruturar um Contrato de Prestação de Serviços para evitar riscos jurídicos

23/06/2025

Alana de Castro Barbosa

Empresas de todos os portes, desde startups até grandes corporações, dependem de prestadores de serviços para diversas atividades do dia a dia. Mas o que muitas organizações ainda negligenciam é a importância de formalizar essas relações de forma clara, precisa e juridicamente segura.

O Contrato de Prestação de Serviços não é apenas um documento burocrático. Ele é um verdadeiro escudo contra futuros problemas legais, seja na esfera trabalhista, tributária ou cível.

Por que elaborar um contrato bem estruturado?

Um contrato mal redigido pode gerar dúvidas, conflitos e até abrir espaço para ações judiciais. Além de proteger as partes envolvidas, o contrato serve como um guia para alinhar expectativas e responsabilidades.

Elementos essenciais de um Contrato de Prestação de Serviços

A seguir, listamos os principais pontos que um contrato bem feito precisa conter:

1. Definição clara do objeto

O contrato deve descrever detalhadamente os serviços a serem prestados, incluindo escopo, prazos e entregáveis. Isso evita interpretações ambíguas sobre o que foi contratado.

2. Obrigações da Contratada

É essencial que o contrato detalhe as responsabilidades da prestadora de serviços, incluindo:

  • Realizar o serviço conforme os padrões acordados.

  • Assumir responsabilidade por eventuais danos causados.

  • Garantir a confidencialidade das informações recebidas.

  • Não subcontratar sem autorização prévia.

3. Obrigações da Contratante

O contrato também deve estabelecer as responsabilidades da empresa contratante, como:

  • Fornecer as informações necessárias para a execução do serviço.

  • Efetuar os pagamentos nos prazos acordados.

  • Facilitar o acesso a recursos quando necessário.

4. Condições de pagamento

Aqui, o contrato deve indicar:

  • Valor total ou por hora, por projeto ou por outro critério.

  • Forma de pagamento (mensal, por entrega, etc.).

  • Prazos para emissão de notas fiscais e pagamento.

  • Penalidades por atraso.

5. Vigência e renovação

É importante definir a duração do contrato e as condições para sua renovação, incluindo prazos para eventual rescisão antecipada.

6. Multas e penalidades

Cláusulas de inadimplemento e multas devem estar bem definidas para cobrir situações como atrasos, falhas na entrega ou descumprimento contratual.

7. Rescisão

O contrato precisa prever as hipóteses em que cada parte pode rescindir o contrato, seja por inadimplemento, insatisfação com os serviços, caso fortuito ou força maior.

8. Sigilo e confidencialidade

Cláusulas de proteção de informações sensíveis são fundamentais, especialmente quando o prestador de serviços terá acesso a dados estratégicos da empresa.

9. Propriedade intelectual

Se o serviço contratado envolver criação de conteúdo, software ou qualquer bem intelectual, o contrato deve estabelecer claramente a titularidade desses direitos.

10. Ausência de vínculo empregatício

Para evitar futuras alegações de vínculo trabalhista, é recomendável inserir uma cláusula expressa deixando claro que a relação é de prestação de serviços, sem subordinação ou habitualidade típica de contrato de trabalho.

11. Foro e legislação aplicável

Por fim, o contrato deve indicar o foro competente para resolução de eventuais litígios e a legislação aplicável (normalmente, a lei brasileira).

Conclusão

Estruturar um Contrato de Prestação de Serviços é um exercício de prevenção jurídica. Um documento bem elaborado protege tanto o contratante quanto o contratado e evita desgastes desnecessários no futuro.

No Chambarelli Advogados, atuamos na elaboração e revisão de contratos empresariais, sempre com foco na segurança jurídica e na personalização para as necessidades do seu negócio.

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