November 16, 2022
Guilherme Chambarelli

ESG para Startups

O ESG (Environmental, Social and Governance) engloba critérios ambientais, sociais e de governança. O termo ganhou destaque recentemente e esse conceito tem o poder de impactar positivamente no que diz respeito aos valores ambientais, sociais e econômicos.

A métrica trouxe mais transparência e responsabilidade às práticas das empresas, especialmente no que se refere à relação das empresas com os acionistas.

A tendência é que, após muita dificuldade para implementar as práticas, novas iniciativas privadas comecem a propor novas tecnologias, modelos de negócio e maneiras de implementar políticas alinhadas com o conceito de ESG.

Protagonistas dessa área são as empresas e startups conhecidas como ESG Enablers, ou seja, as que sabem como facilitar a implementação do ESG em diferentes negócios.

ESG para Startups

Inovadoras por natureza, as startups vêm ganhando destaque no cenário ESG no Brasil. A inovação aliada às práticas ESG traz diversos benefícios para o desenvolvimento sustentável do país.

Além disso, investidores já vêm olhando para as empresas que adotam essas práticas, o que torna ainda mais relevante a adoção de políticas ESG.

Governança

O primeiro passo para a implementação de uma política ESG é a Governança. Sem um Sistema Decisório Estruturado (Governança), os demais não funcionam.

Uma boa Governança começa pela adoção de práticas transparentes na gestão da companhia, tornando as regras mais nítidas e, obviamente, efetivas. A definição da estrutura organizacional, da Diretoria, a criação de um Conselho de Administração e um Conselho Fiscal, bem como a criação de comitês estratégicos são algumas das medidas que podem ser implementadas nesse passo.

O Compliance também sempre anda junto do ESG. É preciso regras rígidas para a prevenção de fraudes, corrupção e lavagem de dinheiro no ambiente corporativo.

Social

A pauta social ganhou bastante espaço nos últimos anos. Uma empresa ESG promove a diversidade e é firme no combate a todo tipo de preconceito e discriminação.

Para além disso, a empresa precisa também pensar no bem estar de seus colaboradores. Formas de contrato com trabalhadores (CLT, PJ, etc), remuneração, política de contratação, dentre outros pontos, também precisam revisados pela empresa para estar em dia com as boas práticas de ESG.

Não só os colaboradores, mas também os clientes merecem sua atenção. Para isso, é fundamental alinhar os Termos de Uso e a Política de Privacidade da empresa, promovendo assim a adequação à LGPD. Outro ponto fundamental é o “Conheça seu Cliente” (KYC), conjunto de regras que tem o objetivo a prevenção de crimes como o financiamento ao terrorismo, fraudes de identidade e lavagem de dinheiro.

Ambiental

Na área ambiental, a preocupação maior fica por conta das atividades econômicas que necessariamente possuem um maior risco ambiental. As startups, como empresas digitais, nem sempre possuem uma atividade com risco ambiental relevante, mas nem por isso precisam deixar de se preocupar com a sustentabilidade.

Com a Agenda ONU 2030, mais precisamente em relação o Objetivo 7, as empresas precisam investir em fontes de energia limpa, como a energia solar, eólica e térmica, além de adotar padrões de custos sustentáveis para uma vasta gama de tecnologia. Tudo isso com o fim de garantir o acesso universal à energia e a um preço justo.

Conclusão

A equipe de Compliance e ESG do Chambarelli Advogados está à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas sobre ESG para Startups.

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