 
             
            Durante muito tempo, o advogado corporativo se acostumou a ser o tradutor da lei.
O problema é que, hoje, o mercado exige o contrário: o tradutor do negócio.
CEOs e CFOs não querem ouvir sobre teses, jurisprudência ou princípios — querem compreender o impacto jurídico sobre margem, valuation e caixa.
A advocacia empresarial entrou numa nova era: a do pensamento estratégico.
O domínio técnico permanece indispensável, mas já não é suficiente.
O advogado que não entende a lógica de geração de valor, fluxo financeiro e tomada de decisão está condenado a ser um espectador — e não um parceiro — do crescimento da empresa.
O movimento é global. Grandes corporações vêm reconfigurando o papel do jurídico interno e dos escritórios parceiros.
A velha divisão entre “negócio” e “jurídico” está sendo substituída por uma integração operacional e estratégica.
O jurídico deixa de ser a área que “aprova contratos” e passa a ser a instância que desenha riscos e viabiliza oportunidades.
No Marketing 3.0, Philip Kotler descreve a transição das marcas centradas em produto para marcas centradas em propósito.
O mesmo raciocínio se aplica à advocacia.
O escritório que ainda mede sucesso apenas por processos ganhos está desconectado do mercado.
O verdadeiro diferencial está em alinhar o jurídico à estratégia do cliente, participando desde a modelagem do negócio até a análise de riscos e expansão de mercado.
Falar com o CFO é, antes de tudo, falar a língua da eficiência.
A pergunta nunca é “posso fazer?”, mas “como fazer com menor custo e maior segurança?”.
A advocacia moderna precisa de pensamento financeiro, visão contábil e leitura de resultado.
Em escritórios voltados a empresas médias e grandes, isso significa saber discutir cap table, valuation, planejamento tributário, compliance e estrutura de governança.
Esses são os temas que realmente importam à gestão.
Não se trata de abandonar o Direito, mas de aplicá-lo com consciência econômica e visão de longo prazo.
Como sintetiza o Geração de Valor, de Flávio Augusto: “O que diferencia o empresário do trabalhador é que o primeiro enxerga além da tarefa.”
O advogado que quer ser estratégico precisa sair da tarefa e enxergar o negócio.
O cliente corporativo moderno não busca mais um especialista isolado, mas um arquiteto de soluções.
Ele valoriza o advogado que entende de dados, tecnologia, tributação, contratos e pessoas — não porque domina tudo, mas porque integra tudo.
Essa capacidade de interligar variáveis é o que confere autoridade real no ambiente corporativo.
O Gestão 4.0 de Tallis Gomes reforça esse ponto: empresas de alta performance constroem times multidisciplinares com visão de produto e resultado.
O mesmo deve ocorrer nos escritórios de advocacia.
A estrutura ideal combina jurídico, operação e estratégia, eliminando silos e aproximando o Direito da governança empresarial.
É o que transforma um parecer em uma ferramenta de decisão.
O advogado estratégico entende que o Direito é meio, não fim.
Ele pensa em modelos de negócio, políticas internas, performance e impacto reputacional.
Ele entende o porquê de cada cláusula, cada contrato e cada risco.
E, acima de tudo, ele compreende que segurança jurídica e crescimento empresarial não são forças opostas, mas complementares.
Essa é a advocacia que sobrevive — e prospera — na era da integração.
A advocacia que entende que não basta interpretar a norma: é preciso interpretar o mercado.
A advocacia corporativa está diante de um divisor de águas.
De um lado, os advogados que seguem presos à formalidade técnica e à cultura do parecer.
Do outro, os que entendem que o papel do jurídico é criar inteligência de negócios, não apenas resolver conflitos.
O futuro pertence aos que conseguem traduzir o Direito em estratégia, o risco em decisão, e a burocracia em eficiência.
Esses são os advogados que CEOs e CFOs querem ao lado — não como prestadores, mas como parceiros de visão.
O Chambarelli Advogados atua como parceiro estratégico de empresas que buscam integrar o jurídico à gestão.
Combinamos análise jurídica, planejamento societário e visão de negócios para entregar soluções que aumentam valor e reduzem riscos.
23/06/2025
Guilherme Chambarelli
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